domingo, 3 de janeiro de 2010

TEIA



  




             TEIA



Quando me  lembro de ti  ,
Na  doce  sombra  da lua !
Sobre o azul da noite crua ,
Naquela  tão nossa  rua
Onde não mais te vi .


Envolta  em panos  ateus ,
Deitada  sobre  um  altar ,
Venho a teus pés repoisar ,
Um ultimo suspiro um olhar ,
Na  partida , num adeus !


Segura daquilo que não  és ,
Num fugàz castigo do orgulho ,
Na indiferenca , um embrulho ?
Veneno  atróz de  tortulho ?
Em meu navio sem marés ?!


Tinhas a alternativa na teia .
A vida , não a soube tecer ,
Tu , não quiseste escolher ,
Eu ? ... Enfim não quis perder ,
Este amor que  devaneia ...


Breve foi a  nossa era ,
No tanto que hà pr’àprender !
Amar , sentir  e viver ,
Nem mesmo pudeste ver ,
Um querubim de quimera !


Pensava , tão louco ser fornido ,
Por ser assim tão acorado ,
Hoje sou um sinuoso magoado ,
Por  te amar  e  não ter fado ,
De tu te  fadares comigo .


Talvez a intrépida sem espaços ,
Ou ... a jovial teia  da  vida ,
Me traga a perene perdida ,
Num dos caminhos sem saida ,
Para obitar  em teus  braços...

Sem comentários:

Enviar um comentário