INFINITO
Na sonda do peito ,
Refrega que tortura ,
Sem medo , respeito ,
Fero de loucura ...
Fervilha d’inquiétude ,
Desespero , talvez ...
Olhar sobre a plenitude ,
E a incognita outra vez !
Vagueia aos sete ventos ,
Do Sul até ao Norte ,
Mil vidas , mil momentos ,
Numa fronteira de morte .
Secaram os ruivos vermelhos ,
Dessa boca sibila , sem par ,
Partir suave d’espelhos ,
Que cortam sem magoar !
Partem assim negras águas ,
Que esfumam e evaporam ,
Com elas , minhas máguas ,
Que vão mas não demoram ...
Quebra-se o gelo incendiário ,
Bate na boca o coração ,
E eu aqui , solitário ,
Procurando uma razão ?!!!
Aguardo o amanhã ,
Por ele espero , suplico ,
Lutarei , mas sei que é vã ,
Lutar contra o infinito ...
Alverca , A²
14-03-99
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