OIÇAM
Quando despertos da vida ,do sono ,
Saberemos quem somos, para onde vamos.
Como as coloridas folhas d’Outono ,
Caiem no chão que nós pisamos ...
Quando descermos ao corpo ,
Como espiritos assustadores ,
Sentiremos que é algo morto ,
Sem reservas nem pudores .
A alma tem e tudo quer ,
O Mundo , a vida que suspira ,
Querendo como te quero , mulher ...
A verdade do meu corpo , uma mentira !!!
Corpo , um limite , nada mais .
Mas não meus versos ,
Onde medos e iras são reais ,
Frotas de sonhos imersos .
Não m’obriguem a parar ,
É na vida que acredito ,
Ousarei mesmo exclamar :
“ Matem-me que ressuscito “
Ninguém ousa fazer tal ,
E o sonho torna-se sem ter sido ,
O ermo vento ergue um temporal ,
Por estas palavras ter proferido .
Nasce o sono ,com ele a aurora ,
Do horizonte frio , aromas d’alecrim
O amanhã trar-me-á nova hora ,
Outros porém , terão um fim ...
Regensburg
10-02-1998
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