
ALGUÉM
Cabisbaixo lá vem
Desiludido e sozinho
Diz ser no Mundo ninguém
E afoga a tristeza que tem
Em varios tragos de vinho .
Em seu bolso direito
Tabaco , isqueiro e mortalhas
Uma medalha no peito
Ar cansado , imperfeito
No esquerdo , duas navalhas .
Negras botas de cabedal
Sobre as pedras da calçada
Calças rotas , informal
Um homem simples , banal
Pra quem a vida é lixada !
Passa os dias lentamente
Embrenhado na solidão
É “ vagabundo “ mas sente
É humano , não diferente
Assim diz seu coração !
Na vida não teve sorte
Dizia em tom constrangido
“ Um homem pode ser forte
Mesmo mais que a propria morte
Que pelo amor é vencido “
Partiu assim sem dilemas
Com ele parti eu também
Lembranças são hoje apenas
Recordações em poemas
D’um homem mais que ninguém ...
Regensburg
09-03-2000
Beija-Flor
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