DESESPERO
Por delicados trigais,
Baila o vendo envaidecido.
Trinam saudade os pardais,
Nos jardins e catedrais,
Dum tenro dia esquecido.
Surge fiel , beleza estranha,
Intocável traço no céu.
Sobe a compasso a montanha ,
Paciente teia d’aranha,
A lenda de Prometeu.
Sela-se em nós a aliança,
Das palavras não tocadas,
Num silencio que descansa,
Em agres gomos , fiança
De solidões abraçadas.
Descansa o sonho lembrado ,
Ténebres sombras erguidas.
Uma brisa do passado,
Nos vales de breu, despenhado
Sobre utopias fingidas .
Jardins replectos , sedução
Nos canteiros do desespero.
Pedaços de vida , chão
Trilhas pra ressureição,
Dum amor qu’em mim venero.
Estalar de gelo extridente,
Radiosa surge ela , a estrela
Despediu-se talvez pra sempre,
Deixando no ar eminente,
Que não voltarei a vê-la .
Regensburg
27-01-10
BeijaFlor
O amor como inspiração e antevisão da ausência do ser amado, esta ausência é saudosa e torna o poeta desesperado...muito lindo mesmo amigo, beijinho***
ResponderEliminarRegensburg: O Poeta canta o amor impossível com paixão. Aproveito o seu belo espaço para publicar um poema em homenagem a "Mulher", pois no Brasil 08 de Março é o dia da Mulher:
ResponderEliminarVersos livres ao amor
Ana Marly de Oliveira Jacobino
A mais bonita história de amor
ainda não foi publicada
escrevo em versos livres
a experiência de ser mulher.
Revisito o seu ventre,
dormitório da vida.
E, agora neste mundo,
mágico de criança
os livros companheiros
entretém e ensinam.
Brinco de tudo saber
sem saber que não sei.
Sua imagem amada
interage na minha vida
aplaca os meus temores
reconforta a minha alma.
Mulher de mil e uma orações
dos mil e um benzimentos.
Dos quebrantos e mal olhados.
Mulher camponesa
Mulher esposa
Mulher imigrante.
Sem teto e sem voz
arcada pela lida do campo
Plantando sementes
no solo e no ventre
repleta de amor
fiel depositária
do gérmen da vida.
Abraços Poéticos Piracicabanos da Ana Marly de Oliveira Jacobino
Veja no sorriso da pessoa que te ama o mundo de felicidades que ao seu coração pertence
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