segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PERGUNTA

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       PERGUNTA

Quantos riscos tem o muro,
Quem os fez?
Por que motivo,
Me acordou cedo a manhã,
Nesta página do livro?

Porque se debruça a montanha,
Nas fraquezas deste rio?
Quem teceu bem a Pessanha,
Contando o que não viu?

Quantas amarras nos prendem,
Que montanha nos detém?
As almas? A quem pertencem,
Se elas não são de ninguém?

Que longe será distante,
E quão rápido é depressa?
Se a vida dura um instante,
Haverá quem a mereça?

Que profundo é a profundidade,
Qual cor é o transparente?
Quantos anos tem a idade,
Deste mundo impertinente?

Indaga, não vires as costas,
Não desistas nem digas nunca.
Procura em ti as respostas,
Encontrarás as perguntas.

Regensburg
12-02-10
Beija-flor   


 

4 comentários:

  1. Todos somos uma pergunta constante, todos os dias chovem pontos de interrogação na alma e no coração, questionando a nossa existência, escolhas, preferências, divergências...somos um sem fim de mistério, mas não é a inquietude que nos ensina? Nunca deixes de te perguntar, faz sempre a tua vida borbulhar...este poema é uma maravilha, adorei amigo, beijinho***

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  2. as perguntas devem ser sempre mais do que as respostas (que se alimentam daquelas), para não se transformarem numa espécie em via de extinção...

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  3. de que serve uma vida sem perguntas? para que serve a resposta sem perguntas?
    a vida é feita de perguntas e de respostas... de perguntas à espera de respostas.... de perguntas sem resposta...
    ao longo da vida as perguntas vão mudando ... mas as respostas permanecem, só temos de ajustar as perguntas à vida...ou melhor ajustar a vida de acordo com as perguntas que se põem no momento...

    beijinhos

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  4. as perguntas estão integradas no meu ser, de tal forma que me definiram como« um ponto de interrogação ambulante»...mas que sentido tem a vida dos que não se questionam? beijinhos

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