segunda-feira, 9 de agosto de 2010

NA TERRA DOS OSSOS

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NA TERRA DOS OSSOS

No começo do fim há quem me fale
Das noites esgaçadas em dias barrentos
Mirando de perto, sorvendo o missal
Da história do tempo tão lento e brutal.
E lançam-se preces nas asas dos ventos
Em covas sombrias se choram lamentos
Por nascer da morte mais um funeral.

E na terra dos ossos se planta a semente
Se rega com rezas se enfeita de drástico
Gravadas na pedra ficarão para sempre
O nome e os anos vividos do ente.
Chora-se a perda dum valor fantástico
Em lágrimas secas de farsa e de plástico

As tábuas se cobrem em negro mistério
Na terra se encerram segredos colossos
Termina da vida o que foi um império
No mundo dos sonhos, na terra dos ossos.


Regensburg
14-06-2010
Beija-flor

6 comentários:

  1. Você é fantástico em tudo que escreve, João. Mais um momento de poesia que me toma por completo a alma. beijo, querido beija-flor.

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  2. Hola João,

    preciosos tus versos y muy verdaderos.

    Gracias por compartir.

    Saludos,

    Sergio.

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  3. muito diferente do que estava habituado. isso quase que parece meu :P essa melancolia dedicada à morte e ao fim de alguma coisa. credo credo :P
    mas gostei. esta muito bem escrito. sem duvida!

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  4. Belos versos.
    É a poesia a avivar e dar belezas a ossos e funerais.
    Parabéns e obrigada por compartilhar

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. amei *-* te dei um selo :D http://mundoencantadosz.blogspot.com/2010/08/selo.html

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