terça-feira, 18 de maio de 2010

ASSIM NASCEU UM NOVO AMOR

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ASSIM NASCEU UM NOVO AMOR

Entranha-te na minha pele com harmonia
Numa ânsia vernácula, de ti provindo
O odor inebriante da relva macia
Bailando ao vento como ARPA luzidia
Sobre esse olhar retorquindo,
Que devagar
Me vais despindo.

De longe sopra, desmandado o vento
E esta noite sedenta não tem dono
Avança no meu corpo bolorento
Põe-te nua nesta sede, que é chamamento
E faz-te nos meus braços abandono.

Corre, arrisca, não tentes te deter
Galopa, esmaga tua boca sobre a minha
Não deixes o respiro interromper
Este mudo rezar em ladainha.
Quero que lavres em mim como um rio
Nessa altivez emaranhante do teu cio.

Mergulha no jardim dos meus pecados
Sussurra-me esse querer que é estridente
A dança efervescente dos segredos
Desvendados no silêncio dos meus dedos
Que guardaste no diário de teu ventre.
Assim nasceu um novo amor
Chamado talvez saudade
Nas asas do Beija-flor.

Regensburg
17-05-2010
Beija-flor